Gente, vocês já devem alguma vez ter ouvido falar sobre probióticos e prebióticos, né?
Eu já tinha ouvido várias vezes mas não sabia ao certo como eles agiam e nem a diferença entre eles, então resolvi pesquisar em sites científicos para ter certeza que a informação estaria correta e quero então compartilhar com vocês, principalmente para aqueles que como eu, também tinham dúvidas!!!
Os probióticos e prebióticos são conceitos novos classificados como alimentos funcionais1. Para quem não sabe, os alimentos funcionais são os que além de fornecerem a nutrição básica, promovem a saúde. Eles tem um grande papel na prevenção da saúde, usando para isso mecanismos que vão além da nutrição convencional, mas lembrando que eles atuam na prevenção e não na cura de doenças.
O nosso sistema gastrintestinal é um ambiente repleto de microrganismos que desempenha diversas funções, a menos que ele esteja desequilibrado, ou seja, que tenha um domínio dos microrganismos maléficos a nós. Aí que entram os probióticos, prebióticos na suplementação, para estabelecerem novamente esse equilíbrio.
Os probióticos são microrganismos vivos, que quando consumidos em quantidades adequadas, proporcionam benefícios a nossa saúde. Entre seus benefícios, podemos citar: melhora do nosso sistema imunológico, multiplicação de bactérias benéficas, estabilização da microbiota intestinal após uso de antibióticos, melhora da digestão da lactose em pessoas intolerantes, melhora da constipação e aumento da absorção de vitaminas e minerais.
Podem ser encontrados em alguns alimentos como leites fermentados, mas é bem comum vê-los manipulados, pois quando manipulamos existe uma combinação de diversos tipos de probióticos e em quantidades que realmente façam os efeitos citados.
Já os prebióticos são ingredientes alimentares que são os principais substratos de crescimento dos microrganismos dos intestinos. Eles não são digeridos no intestino delgado e ao chegarem no nosso intestino grosso servem de alimento para os probióticos, ajudando assim no crescimento e aumentando a quantidade dessas bactérias boas para nós. Os prébióticos podem estar presentes naturalmente nos componentes da dieta ou serem adicionados a ela. São os oligossacarídeos resistentes, como os frutooligossacarídeos. Estão presentes na chicória, alho-poró, alho, bananas, cebola, tomate, beterrraba, aspargos, alcachofra, yacon, centeio, aveia, trigo, mel, cerveja, açúcar mascavo, dentre outros.
Depois de ler tudo isso, sei que prezar pela saúde da nossa microbiota intestinal é garantia de uma melhor qualidade de vida, principalmente agindo na prevenção e não esperando ficarmos doentes para saber o motivo e ter que remediar a situação. Grande parte do nosso hormônio do bem-estar é produzido no nosso intestino e por esse motivo também é importante cuidar do nosso “Segundo Cérebro” como dizem muitos médicos, pois o intestino é responsável diretamente pelo nosso bem-estar.
Referências
1- ROBERFROID, M.B. Functional food concept and its application to
prebiotics. Dig. Liver Dis., Rome, v.34, suppl.2, p.S105-S110, 2002.
2- SANDERS, M.E. Overview of functional foods: emphasis on probiotic
bacteria. Int. Dairy J., Amsterdam, v.8, p.341-347, 1998.
3- BIELECKA, M.; BIEDRZYCKA, E.; MAJKOWSKA, A. Selection of
probiotics and prebiotics for synbiotics and confirmation of their in vivo
effectiveness. Food Res. Int., Amsterdam, v.35, n.2/3, p.125-131, 2002.
4- PUUPPONEN-PIMIÄ, R.; AURA, A.M.; OKSMAN-CALDENTEY, K.M.;
MYLLÄRINEN, P.; SAARELA, M.; MATTILA-SANHOLM, T.; POUTANEN, K.
Development of functional ingredients for gut health. Trends Food Sci.
Technol., Amsterdam, v.13, p.3-11, 2002.
5- SHAH, N.P.; LANKAPUTHRA, W.E.V. Improving viability of Lactobacillus
acidophilus and Bifidobacterium spp. in yogurt. Int. Dairy J., Amsterdam, v.7,
p.349-356, 1997.
6- CHARTERIS, W.P.; KELLY, P.M.; MORELLI, L.; COLLINS, J.K. Ingredient
selection criteria for probiotic microorganisms in functional dairy foods. Int. J.
Dairy Technol., Long Hanborough, v.51, n.4, p.123-136, 1998.
7- JELEN, P.; LUTZ, S. Functional milk and dairy products. In: MAZZA, G.,
ed. Functional foods: biochemical and processing aspects. Lancaster:
Technomic Publishing, 1998. p.357-381.
8- KLAENHAMMER, T.R. Probiotics and prebiotics. In: DOYLE, M.P.;
BEUCHAT, L.R.; MONTVILLE, T.J. Food microbiology: fundamentals and
frontiers. 2.ed. Washington: ASM, 2001. p.797-811.
9- KAUR, I.P.; CHOPRA, K.; SAINI, A. Probiotics: potential pharmaceutical
applications. Eur. J. Pharm. Sci., Amsterdam, v.15, p.1-9, 2002.
10- TUOHY, K.M.; PROBERT, H.M.; SMEJKAL, C.W.; GIBSON, G.R. Using
probiotics and prebiotics to improve gut health. Drug Discovery Today,
Haywards Heath, v.8, n.15, p.692-700, 2003.
11- Cuppari L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. Efeitos do
consumo de probióticos… Raizel R et al. Revista Ciência & Saúde, Porto
Alegre, v. 4, n. 2, p. 66-74, jul./dez. 2011 Escola Paulista de Medicina. 2ª ed.
São Paulo: Manole; 2005.
12- Karkow FJA, Faintuch J, Karkow AGM. Probióticos: perspectivas
médicas. Rev AMRIGS. 2007 jan/mar; 51:38- 48.
13- Passos LML, Park YK. Fructooligosaccharides: implications in human
health being and use in foods. Cienc Rural. 2003;33(2):385-390.
Gente, vocês já devem alguma vez ter ouvido falar sobre probióticos e
prebióticos, né? Eu já tinha ouvido várias vezes mas não sabia ao certo como
eles agiam e nem a diferença entre eles, então resolvi pesquisar em sites
científicos para certeza que a informação estaria correta e quero então
compartilhar com vocês, principalmente para aqueles que como eu, também
tinham dúvidas!!!
Os probióticos e prebióticos são conceitos novos classificados como
alimentos funcionais1. Para quem não sabe, os alimentos funcionais são os
que além de fornecerem a nutrição básica, promovem a saúde. Eles tem um
grande papel na prevenção da saúde, usando para isso mecanismos que vão
além da nutrição convencional, mas lembrando que eles atuam na prevenção
e não na cura de doenças2.
O nosso sitema gastrintestinal é um ambiente repleto de
microrganismos que desempenha diversas funções, a menos que ele esteja
desequilibrado, ou seja, que tenha um domínio dos microrganismos maléficos
a nós. Aí que entram os probióticos, prebióticos na suplementação, para
estabelecerem novamente esse equilíbrio3.
Os probióticos são microrganismos vivos, que quando consumidos em
quantidades adequadas, proporcionam benefícios a nossa saúde. Entre seus
benefícios, podemos citar: melhora do nosso sistema imunológico,
multiplicação de bactérias benéficas, estabilização da microbiota intestinal
após uso de antibióticos, melhora da digestão da lactose em pessoas
intolerantes, melhora da constipação e aumento da absorção de vitaminas e
minerais4-10. Podem ser encontrados em alguns alimentos como leites
fermentados, mas é bem comum vê-los manipulados, pois quando
manipulamos existe uma combinação de diversos tipos de probióticos e em
quantidades que realmente façam os efeitos citados.
Já os prebióticos são ingredientes alimentares que são os principais
substratos de crescimento dos microrganismos dos intestinos. Eles não são
digeridos no intestino delgado e ao chegarem no nosso intestino grosso
servem de alimento para os probióticos, ajudando assim no crescimento e
aumentando a quantidade dessas bactérias boas para nós11,12. Os prébióticos
podem estar presentes naturalmente nos componentes da dieta ou serem
adicionados a ela. São os oligossacarídeos resistentes, como os
frutooligossacarídeos. Estão presentes na chicória, alho-poró, alho, bananas,
cebola, tomate, beterrraba, aspargos, alcachofra, yacon, centeio, aveia, trigo,
mel, cerveja, açúcar mascavo, dentre outros13.
Depois de ler tudo isso, sei que prezar pela saúde da nossa microbiota
intestinal é garantia de uma melhor qualidade de vida, principalmente agindo
na prevenção e não esperando ficarmos doentes para saber o motivo e ter
que remediar a situação. Grande parte do nosso hormônio do bem-estar é
produzido no nosso intestino e por esse motivo também é importante cuidar
do nosso “Segundo Cérebro” como dizem muitos médicos, pois o intestino é
responsável diretamente pelo nosso bem-estar.
Referências
1- ROBERFROID, M.B. Functional food concept and its application to
prebiotics. Dig. Liver Dis., Rome, v.34, suppl.2, p.S105-S110, 2002.
2- SANDERS, M.E. Overview of functional foods: emphasis on probiotic
bacteria. Int. Dairy J., Amsterdam, v.8, p.341-347, 1998.
3- BIELECKA, M.; BIEDRZYCKA, E.; MAJKOWSKA, A. Selection of
probiotics and prebiotics for synbiotics and confirmation of their in vivo
effectiveness. Food Res. Int., Amsterdam, v.35, n.2/3, p.125-131, 2002.
4- PUUPPONEN-PIMIÄ, R.; AURA, A.M.; OKSMAN-CALDENTEY, K.M.;
MYLLÄRINEN, P.; SAARELA, M.; MATTILA-SANHOLM, T.; POUTANEN, K.
Development of functional ingredients for gut health. Trends Food Sci.
Technol., Amsterdam, v.13, p.3-11, 2002.
5- SHAH, N.P.; LANKAPUTHRA, W.E.V. Improving viability of Lactobacillus
acidophilus and Bifidobacterium spp. in yogurt. Int. Dairy J., Amsterdam, v.7,
p.349-356, 1997.
6- CHARTERIS, W.P.; KELLY, P.M.; MORELLI, L.; COLLINS, J.K. Ingredient
selection criteria for probiotic microorganisms in functional dairy foods. Int. J.
Dairy Technol., Long Hanborough, v.51, n.4, p.123-136, 1998.
7- JELEN, P.; LUTZ, S. Functional milk and dairy products. In: MAZZA, G.,
ed. Functional foods: biochemical and processing aspects. Lancaster:
Technomic Publishing, 1998. p.357-381.
8- KLAENHAMMER, T.R. Probiotics and prebiotics. In: DOYLE, M.P.;
BEUCHAT, L.R.; MONTVILLE, T.J. Food microbiology: fundamentals and
frontiers. 2.ed. Washington: ASM, 2001. p.797-811.
9- KAUR, I.P.; CHOPRA, K.; SAINI, A. Probiotics: potential pharmaceutical
applications. Eur. J. Pharm. Sci., Amsterdam, v.15, p.1-9, 2002.
10- TUOHY, K.M.; PROBERT, H.M.; SMEJKAL, C.W.; GIBSON, G.R. Using
probiotics and prebiotics to improve gut health. Drug Discovery Today,
Haywards Heath, v.8, n.15, p.692-700, 2003.
11- Cuppari L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. Efeitos do
consumo de probióticos… Raizel R et al. Revista Ciência & Saúde, Porto
Alegre, v. 4, n. 2, p. 66-74, jul./dez. 2011 Escola Paulista de Medicina. 2ª ed.
São Paulo: Manole; 2005.
12- Karkow FJA, Faintuch J, Karkow AGM. Probióticos: perspectivas
médicas. Rev AMRIGS. 2007 jan/mar; 51:38- 48.
13- Passos LML, Park YK. Fructooligosaccharides: implications in human
health being and use in foods. Cienc Rural. 2003;33(2):385-390.
Eu sempre tive dúvidas sobre esse assunto e o seu artigo me ajudou. Obrigada por compartilhar!
Oi Daniel, fico feliz que o artigo tenha te ajudado! Obrigada pelo seu feedback!
Amei o artigo! Obrigada por compartilhar!
Oi Maria!! Fico feliz que tenha gostado e obrigada por acompanhar meu trabalho!
Para quem fez a cirurgia bariatrica com desvio de intestino como funciona a absorção dos pré bióticos?
Oi Valéria, veja com seu médico ou nutricionista 😉 bjs